sábado, 24 de abril de 2010

Sonho Picodélico

Havia umas frases bífidas lá, a debaterem-se em âmagos e egos. Tanto e fora sempre à caixa colorida, reflexo do universo sem nexo, paralelos acesos que nem vela, parafina quando se esvaindo a um mar tão morto não afunda, se faz horto... Estigma... Enigma...
-O que há na Caixa?
-Uma tampa de caneta... O click de um mouse...
-Agite, ouça!
-Não vejo!
-Quantas folhas há naquela árvore?
-Trocentas... n ... Sei não!
-Quase perfeito!
-Professor, eu não entendi!
-Eu também não...
-Kant!! Kantinhoooo! Socorre-me!
-Mocinha, não se conhece coisa alguma de nada se não o modo de perceber a coisa....
-Ora! Então o vermelho das folhas não vem do ocaso?
-Não! Foi um gene que inventou!


Acordei pensando em Gardner mas, hoje a brisa está para Neruda assim como o sonho está para só mais um.
Jeanne Chaves