domingo, 27 de março de 2011

Bula de Suicídio Contemporâneo










Dez segundos: destrancou a porta e entrou. Sete segundos: ligou o computador. Cinco minutos: o sistema operacional carregou.  Um minuto: acessou uma rede de relacionamentos. Dois minutos: digitou um texto de despedida. Trinta segundos: abriu a janela. Lançou-se no vazio. Ao menos, naquele dia ela não parou de morrer.

Jeanne Chaves











sexta-feira, 25 de março de 2011

Antro Brasil








Admito que entre pizzas e troblerones viçava um tênue fio de esperança de que os hábitos larápios dos políticos brasileiros mudem, mas quando, ao contrário, a suprema justiça do Brasil os respalda, fazendo parecer o meu título de eleitor um atestado para idiotas, me assaltam duas certezas irredutíveis: a primeira, de que detesto os políticos brasileiros, eleitos, aspirantes e também os não nascidos, com o detestar mais patriótico. A segunda:  de que continuarei a detestá-los. Sem prejuízo do amor pelo meu país, meu ódio por eles é o que me redime.

Hoje, 24 de Março de 2011, a ética mais uma vez foi esmagada no Superior Tribunal de Justiça, os fichas-sujas se regojizam pela vitória da iniquidade promissora, e eu posso me entregar tranquilamente ao fracasso das coisas que não podem ser mudadas.



Jeanne Chaves









segunda-feira, 21 de março de 2011

Democaquexia


Quando sinto vontade de votar, deito e espero a vontade passar. Não vale à pena.


Jeanne Chaves

Como os Nossos Párias



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Rouanet: Lei Brasileira de Incentivo a Usura