segunda-feira, 25 de abril de 2011

Memória da Caverna



De perto o futuro permanece solitário,
perímetro antigo de sucessivos alcances.
O homem colhe, em glória, sobejos,
nada que valha a pena tantos corpos.

Marcha nos inconvenientes da lógica,
decapitando esfinges com lâminas de éticas,
uma após outra, outra após uma,
nos graus prodigiosos das distâncias,
como se pudesse, em seu tempo,
controlar-se.

A natureza, acompanhando suas razões
em consonância à memória dos futuros,
um chip à sombra do fogo na caverna
cercando desajustes de antigas
novas ordens mundiais,
segue sangrando acesa.



Jeanne Chaves